segunda-feira, 11 de novembro de 2013


A MICROELETRÔNICA APOSENTA O DISCO RÍGIDO


Neste post transcrevo um artigo interessante do grande amigo Ethevaldo Siqueira que faz uma análise clara e realística do futuro dos computadores e da microeletrônica como um todo, que tende a aposentar o até então imprescindível disco rígido  componente que até hoje foi vital para o funcionamento dos computadores e diversos outros dispositivos eletrônicos como smatTV, notebooks, ultrabooks e inúmeros equipamentos tecnológicos dos dias atuais.

O crescimento da capacidade de armazenamento magnético tem sido explosivo. As memórias de estado sólido (SSD, de solid state device), também conhecidas como memórias flash, já quebram a barreira do terabyte (ou mil gigabytes). Na foto, que fiz em Berlim, em setembro de 2012, a primeira pastilha SSD comercial de 500 giga (GB), lançada em 2012 pela Toshiba. Meu novo ultrabook tem uma dessas memórias, mas de outro fabricante. Diferentemente dos discos rígidos, os SSD não correm o risco de quebrar seu mecanismo de leitura como os HDs tradicionais. 

Voltemos um pouco na história da microeletrônica para relembrar que a invenção do circuito integrado foi resultado do trabalho de diversos pioneiros, desde 1949 até o final dos anos 1950, sendo os mais conhecidos, Robert Noyce, e seu colega, Jack Kilby, da Intel. Nessa mesma empresa, foi criado em 1971 o primeiro microprocessador, circuito integrado avançado, que exerce a função de unidade de processamento central (CPU, em inglês).

Popularmente conhecido como chip, o microprocessador é o coração dos computadores. Seu inventor foi também um pioneiro da Intel, Ted Hoff, que criou o chip Intel 4004, primeiro microprocessador comercial, que tinha apenas 2.300 transistores em uma pastilha de silício.

Para se ter uma ideia do avanço tecnológico nesse setor, é bom lembrar que, de 1971 até hoje, o número de transistores dos chips mais avançados saltou de 2.300 para mais de 7 bilhões de transístores em uma única pastilha de silício, como é o caso dos microprocessadores gráficos da Nvidia e da Intel. 

A Lei de Moore

Um dos pioneiros da microeletrônica foi Gordon Moore, um dos fundadores da Intel. Ele se tornou conhecido mundialmente também por ter feito uma previsão tão genial e correta que ganhou o nome de Lei de Moore, em sua homenagem. Gordon Moore previu que o número de transistores dos circuitos integrados ou chips iria dobrar a cada dois anos.

Essa previsão, quase profética tem-se confirmado ao longo dos últimos 45 anos. Muitos perguntariam: mas, esse processo não tem fim? Com certeza, terá. Talvez, por volta de 2020, quando os chips de silício poderão ter mais de 60 ou 100 bilhões de transistores e o canal que separa seus eletrodos. Esse canal está hoje em 22 nanômetros – ou 22 milionésimos do milímetro. Quando chegarmos próximo de 5 nanômetros, estaremos atingindo a escala atômica. 

Será, talvez, o fim da era do silício e da Lei de Moore. Começará, então, a era dos chips biológicos, com proteínas ou como o próprio DNA, que terão uma capacidade de armazenamento milhões de vezes superior às memórias de hoje.

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